Após Jerônimo pedir lisura de policiais na campanha, PM impede ato de adversário do prefeito em Retirolândia
07 Fevereiro 2025

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Após Jerônimo pedir lisura de policiais na campanha, PM impede ato de adversário do prefeito em Retirolândia

Episódio aconteceu mesmo existindo um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)

Na mesma semana em que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) defendeu que os agentes de segurança pública não tenham “adesivo partidário”, a Polícia Militar (PM) de Retirolândia impediu, neste sábado (24), que um carro de som participasse da inauguração de um comitê do candidato a prefeito José Ednildo dos Santos, mais conhecido como Guene, do PSB. A ação foi classificada como violência política e eleitoral pelos correligionários do postulante ao Executivo municipal.

O episódio aconteceu mesmo existindo um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado por Guene, pela adversária, Nayara de Dió (PT), pelo promotor eleitoral Nívia Andrade e pelo juiz eleitoral Márcio Braga. Pelo TAC, ao qual o site Política Livre teve acesso, hoje é dia de evento do candidato do PSB.

A confusão começou após uma motociata realizada por Guene, que contou com a participação do deputado estadual Luciano Araújo (Solidariedade), aliado do candidato e da base de Jerônimo. O evento seria encerrado com a inauguração do comitê, que, segundo o parlamentar, não ocorreu porque o proprietário do carro de som foi ameaçado pela PM de ter o veículo apreendido.

“Falaram que se o proprietário do ‘paredão’ ligasse o som, ele seria preso. Isso é um absurdo. O evento não teve falatório. Isso deixou todo mundo indignado. Até porque era o dia de Guene fazer ato de rua”, afirmou Luciano Araújo ao site.

Procurado pelo site, o advogado Ademir Ismerim, especialista em direito eleitoral, explicou que a polícia não tem autoridade para impedir a utilização de carro de som por qualquer candidato, e muito menos impedir eventos de campanha.

“Mesmo que não houvesse um TAC, a polícia não tem autoridade para agir dessa forma e impedir a realização de um ato ou evento de um candidato ou candidata. Se houver alguma irregularidade, cabe ao Ministério Público Eleitoral ou os adversários fazerem a denúncia, a representação, para que medidas sejam tomadas. A polícia só pode agir nesses casos quando é provocada”, declarou Ismerim.

Na última terça (20), durante uma solenidade em Salvador, Jerônimo afirmou que quer “lisura” da polícia durante a campanha eleitoral. “Quero lisura e não quero nenhum policial meu, nenhum, com adesivo partidário misturado com a farra. De lado nenhum. O que eu quero é que o melhor ganhe”, declarou.

Em Retirolândia, a candidata Nayara de Dió tem o apoio do atual prefeito, Vonte do Merim (PSD), e do próprio governador.

 

 

Fonte: Política Livre 

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